sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

DO NOME


BABA ANTROPOFÁGICA é o nome de uma proposição (como a própria artista gostava de chamar) criada por Lygia Clark em 1973, quando lecionava Comunicação Gestual na Sorbonne. Nascida em Belo Horizonte em 1920, Lygia foi uma das mais instigantes e interessantes artistas brasileiras, sendo um dos nomes mais representativos do Grupo Frente e do Neoconcretismo.

"[...] Lygia Clark acreditava que arte e terapia psicológica andavam de mãos dadas. Tanto que, com base em objetos manuseáveis que criava ou recolhia da natureza, como balões de ar, sacos de terra e água e até pedras, pensava ter o dom de curar os males da alma. Certa feita, uma aluna entrou em transe profundo e caiu desmaiada, durante uma das sessões de arteterapia de Lygia na Sorbonne, em Paris, na década de 70. Dando graças a Deus que não era nada grave, a artista explicou que a jovem não tinha preparo psicológico necessário para surportar os exercícos de sensibilização e relaxamentos, que 'liberavam os conteúdos reprimidos e a imaginação' dos alunos.
Aqueles instrumentos, que nas mãos de Lygia assumiam poderes imprevisíveis, eram chamdos por ela de
Objetos Sensoriais. Tais objetos nunca foram vistos com bons olhos por psicanalistas franceses e brasileiros, porque ela não tinha formação acadêmica na área. Lygia, por sua vez, não deixava ninguém sem resposta. Comprava briga com qualquer um que ousasse falar mal de seu trabalho, que tinha por trás conceitos dos mais sofisticados, elaborados por ela mesma.
[...] Corajosos eram os que se atreviam a frequentar suas sessões de arteterapia na década de 70. Seguno Lygia, seu método para a 'liberação dos conteúdos reprimidos' era tão eficiente que homossexuais viravam heterossexuais e vice-versa."
In, Istoé, "O Brasileiro do Século"

Especificamente sobre a proposição que intitula este Blog, no You Tube há vídeos que dão uma boa idéia de como era esta obra de Lygia Clark.

Para mais informações, aqui.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

RENASCER

Depois de séculos perdido e abandonado na escuridão (na verdade 6 meses e 5 dias desde a última postagem), o BABA volta à vida. Na verdade, renasce!

Obsoleto por nascença, conduzido pela imaturidade, frustração e empolgação (?), o antigo, e agora, finado BABA ANTROPOFÁGICA (1ª edição) enfrentou, durante sua curta existência (6 meses, 3 semanas e 2 dias – do 1° ao último post) problemas de toda ordem – principalmente técnicos e criativos.

Agora, com o alvorecer de uma nova era (??) para seu criador (???), o BABA encontra as luzes de um novo caminho e parte para sua, digamos, 2ª edição.

O que foi dito anteriormente foi apagado, contudo, poderá voltar reciclado e repensado se a ocasião pedir.

No mais:


HAVEMOS BABA!



PS.: Espero não precisar daqui há algum tempo iniciar uma terceira, quarta, quinta... edição. Porém...